ASA BRANCA Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira ------------------------------------------------ Quando oiei a terra ardendo Com a fogueira de São João Eu perguntei a Deus do céu, ai Por quê tamanha judiação Que braseiro, que fornaia Nem um pé de prantação Por farta d'água perdi meu gado Morreu de sede, meu alazão Inté mesmo a asa branca Bateu asas do sertão Entonce eu disse, adeus Rosinha Guarda contigo meu coração Hoje longe muitas léguas Numa triste solidão Espero a chuva cair de novo Pra mim vortá pro meu sertão Quando o verde dos teus óio Se espaiá na prantação Eu te asseguro, num chore não, viu? Que eu vortarei, viu, meu coração